segunda-feira, 27 de maio de 2013

Faroeste Caboclo marcou toda um geração

Todo fã de Legião Urbana sempre teve curiosidade de saber o que era, afinal, a Rockonha?

Veja + http://www.faroestecabocloofilme.com.br/

A produção, inspirada na música homônima do líder do Legião Urbana, Renato Russo (1960-1996), para os que hoje estão acima dos 30 não apresenta maiores novidades. Trata-se da transcrição quase literal da narrativa contida em um dos maiores hits dos anos 1980. Mas não é que, a partir de um tema previsível, o diretor René Sampaio conseguiu propor um longa capaz de prender a atenção do início ao fim? O mérito está em criar um filme que, mesmo com todo parentesco possível, consegue se distanciar da música e da letra e propor uma imersão ao passado recente de uma geração. Passa-se numa época de Brasília que, para aquela turma, a vida era ditada pela rebeldia simbolizada pelo rock, sexo e drogas.



A história é a da trajetória de João de Santo Cristo (Fabrício Boliveira), desde a infância no interior da Bahia até a ida para Brasília, no início dos anos 1980, onde se envolveu com o tráfico. Ajudado por Pablo (Cesar Troncoso), um primo distante, peruano que vende drogas da Bolívia, ele vai trabalhar numa carpintaria, mas também se envolve com o tráfico de drogas. Um dia, por acaso, conhece Maria Lúcia (Ísis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo, em seu último trabalho no cinema). Enquanto os dois se apaixonam, João mergulha cada vez mais numa escalada de crime e violência – até encontrar seu principal inimigo, o playboy e traficante Jeremias (Felipe Abib), rival nos negócios e no coração de Maria Lúcia. As cenas intensas de amor e vingança espelham, de uma maneira quase literal, em 100 minutos, a epopeia narrada por Renato Russo de jeito bastante inusitado para uma canção.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Faça o download do livro "10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil - Lula e Dilma"


Baixar o Livro

Como avaliar as enormes transformações pelas quais o Brasil passou ao longo da última década? O país foi palco de profundas mudanças desde que elegeu o Partido dos Trabalhadores. Compreender e refletir o seu legado tornou-se uma tarefa incontornável para pensar os rumos da nação. 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil, coletânea organizada pelo sociólogo Emir Sader, contribui para essa difícil empreitada, com reflexões de alguns dos mais destacados pensadores brasileiros, como Marilena Chauí, Marco Aurélio Garcia, Marcio Pochmann, Luiz Gonzaga Belluzzo, José Luis Fiori, Luis Pinguelli Rosa e Paulo Vannuchi.

Coeditado pela Boitempo e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais sede Brasil (FLACSO Brasil), o e-book do livro estará disponível para download gratuito a partir da segunda quinzena de maio.

Sader não hesita em expor as tensões em meio às quais se desenvolveu a política econômica do governo, da primeira à segunda – e atual – fase. O resultado é um panorama de 21 ensaios de intelectuais engajados e ativamente envolvidos na política da última década, que discorrem sobre como foram implementadas as políticas sociais – o cerne dos governos Lula e Dilma –, seus enfoques setoriais obrigatoriamente desiguais, seus sucessos e obstáculos até hoje ainda não superados.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Quando o Estado exclui, o crime inclui

Após 23 anos da aprovação da lei nº 8.069 de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tem por objetivo dispor sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, é necessário fazermos uma análise acerca da efetividade dessa lei.

No seio de nossa sociedade diversos setores sociais acreditam que a perpetuação da violência urbana está ligada a uma impunidade juvenil que, supostamente, é permitida pelo ECA. A partir disso, fazemos uma análise sobre a criação de diversas emendas constitucionais que possuem o intuito de modificar o artigo 228 da Constituição Federal e reduzir a maioridade penal.

A opinião popular influencia de diversas maneiras a criação de novas leis, as quais são utilizadas por políticos, a exemplo dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, a fim de obterem a simpatia da sociedade e dos possíveis eleitores. Entretanto, não cabe somente a irracionalidade e a emotividade nos casos que envolvem crimes polêmicos e motivam, a partir do apoio da mídia, a criação de novas emendas e leis.

Como sabemos, a influência da mídia é poderosa e capaz de induzir a população a sensibilizar-se de tal forma que se torne necessário à formulação de novas leis.  Muitas vezes, a cobertura jornalística perde muito de seu caráter informativo e tende a tornar-se uma peça promocional de uma ideologia dominante.