terça-feira, 7 de junho de 2011

As crises geradas da Parceria-Púbico-Privada Demos-tucanas

Outro dia estava lendo um artigo na Internet que tratava de um minuciosa pesquisa aos editais publicados no Diário Oficial que apontava que os tucanos em São Paulo pagaram ao Grupo Abril com assinaturas de publicações “pedagógicas” e mais as assinaturas da revista Veja o valor de R$ 34.704.472,52 (34 milhões, 704 mil, 472 reais e 52 centavos).

A Fundação Roberto Marinho, mantida pela Globo, recebeu do governo paulista R$ 60 mil em 2007. Em 2008, a soma dos valores pagos chegou a R$ 13,8 milhões. Esse montante representa crescimento de 20.000% em relação a 2007.


A maracutaia foi tão descarada que o Ministério Público Estadual abriu inquérito civil número 249 para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.

Mas o que mais me chamou a atenção foi o ataque que uma empresa de comunicação que adora realizar a parceria-publico-privada, indignou-se o que o presidente Lula realizou com a publicidade do governo durante os oito anos, vejam, o número de veículos de comunicação que recebiam verbas publicitárias da União subiu de 499 para 8.094, representando um crescimento de 1.522%.

Diante dos feitos, hoje não há como negar, vivemos em uma democracia soberana, principalmente no que diz respeito ao papel da imprensa, com direitos constitucionais garantidos e considerados. O papel da imprensa nos dias atuais é informar a população de todos os acontecimentos que afligem a sociedade, sendo um valioso instrumento de utilidade pública, cumprindo de certa forma um relevante papel social, conscientizando a sociedade de seus direitos e deveres e resgatando assim a cidadania de cada cidadão através da informação.

Quando é pra falar do povão a mídia, no Brasil, na busca de ganhar público, valoriza demais as ocorrências com reféns, com a criação de mitos e explorando demasiadamente a imagem desses marginais nos meios de comunicação.

A cada momento, estamos sendo bombardeados por uma série de informações jornalísticas que nos leva a repensar qual seria, de fato, o papel da imprensa moderna e, até que ponto, ela conserva seu princípio ético de divulgar temas de interesse público ou se, alternativamente, ela vem explorando assuntos interessantes para o público.

Por outro lado encontramos os governos e políticos interagindo com os seus eleitores, já que precisam ficar de olhos abertos. A Internet hoje permite uma comunicação em massa entre pessoas de diversas classes sociais. A Internet, portanto, está se tornando o meio pelo qual a população irá conseguir minimizar o poder dos governos e dos políticos.

No caso da atual “crise” produzida exclusivamente pela Folha de São Paulo e ventilada pelos jornais Estadão e O Globo que multiplicaram para todo o país, seja pelos materiais impressos ou via eletrônico de que o ministro da Casa Cível do governo Dilma Antonio Palocci estaria cometendo tráfico de influência, referindo-se ao fato de seu patrimônio ter aumentado pelo menos 20 vezes de 2006 para 2010.

De tudo o que já foi vinculado pela Internet e pelos jornais impressos, todos queriam a cabeça do ministro. Mesmo após o arquivamento das representações feito pelo PPS de Roberto Freire, com apoio do PSDB de José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves contra o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel que em seu parecer decidiu que o Palocci é inocente e que não encontrou apoio em um único fato e de que Não há indícios da prática do crime de tráfico de influência,  a oposição (a mesma da parceria-publico-privada) não inibiu a disposição de cobrar esclarecimentos sobre o crescimento exponencial do patrimônio do ministro.

Líderes de PSDB, DEM, PPS e PSOL se reuniram no início da tarde de hoje e anunciaram um novo pacote de ações contra Palocci, PSDB, DEM, PPS e PSOL bravejaram que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e prometem obstruir todas as votações na Casa. "Não vamos nos furtar a parar os trabalhos na Câmara se o presidente Marco Maia anular a convocação" avisava o líder do DEM, ACM Neto (BA).

O mesmo jornal Folha de São Paulo falava já no fim da tarde que a situação do ministro Antonio Palocci dentro de seu próprio partido, o PT, continua crítica, mesmo após o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ter arquivado as representações que pediam investigação sobre a evolução de seu patrimônio e neste mesmo período já anunciava que o mesmo iria pedir demissão ainda hoje, notícia ventilada pela blogueira da Folha Vera Magalhães.

Resumo da ópera: São "eles de novo" - agora mostrando os dentes para seu alvo, DILMA ROUSSEFF, o recado está dado, nada mais que isso. O mais "hilário" de tudo isso, é que se Palocci não fosse do PT ou do governo Dilma e tivesse feito tudo por caixa 2, tudo por fora, não tivesse pago nenhum imposto e mentido sobre os valores do patrimônio, mantido sub avaliado registrado todos eles em nome de laranjas - assim como todos fazem, ou a maioria faz, ele não seria incomodado pela Folha de São Paulo.

Termino minhas reflexões com as aspas do admirável blogueiro Paulo Henrique Amorim que define bem este jornalzinho de merda: “Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores”.

Alan Ferreira
Sociólogo, ex Secretário Geral do PT Santo André

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