sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Realidades?


Mundo imundo . . .
Onde consolam-se
espinhos encravados em minhas mãos.
Realidades? Ninguém entende nada.
Vivemos decepções e não soluções.
Caminhamos na busca de incertezas
Uma porta está em minha frente
O que ela propicia?
Abri-la e ultrapassa-la 
Será  superá-la.
Reprimir sentimentos 
é não conhecer o lado 
da verdade e a da razão.
Está tudo guardado aqui dentro,
não sufoca quem deseja-te.
Na obscura floresta,
Meu grito quer tirar 
a angústia que afeta o meu peito.
Um eco propicia-se 
E responde infinitamente na neblina
o mesmo grito.
O amor que me resta 
contempla-se com a dor 
esmagaçando meu sofrer.
A tempestade dos meus olhos 
Manifesta  tarde noite inteira.
Seu sorriso quebra o encanto da tua ausência.
A primavera desabrocha em seu seio,
cuidando de todos os detalhes, 
como a mais linda canção das flores!
Sei que tenho um problema, 
amar as coisas belas da vida; 
e sei que peco pelo meu ideal
cravado em meu coração; 
já tão sangrado, cansado, martirizado.
Quero que saiba, estarei aqui,
se quiseres realmente!
Mas meu grito assombra 
a imensidão de toda essa angústia. 
Será essa a realidade?

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