sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Correntes

O meu coração foi acorrentado
num calabouço de um castelo
Condenado a amar tudo de você
Beber o veneno da sua essência

Não dirás que o tempo fazedor
das nossas histórias e a escuridão
que me deixaste irá apagar
o meus sentimentos.

Amar-te foi ter que me condenar
a dar-lhe tudo de mim.
O castelo agora desmorona.
Ouço trovões, o medo.

O esquecimento me torna imortal,
as viagens pelos meus sentimentos
congelaram e estacaram os ferimentos.
Não existe mais felicidade
São dias tristes, de lágrimas.

No porão do esquecimento
resta-lhe o ser poeta
com suas linhas tortas
e seu veneno amor.



terça-feira, 20 de setembro de 2016

Tintas do destino

Acreditei que as rosas dos campos
davam sentido aos momentos de nossa vivência
e a expressão de nossos sentimentos.

Mais o nosso retrato traçado,
desenhados com as tintas do destino,
fazem nos refletir o verdadeiro
valor do seu sorriso.

O que faz você acreditar que as químicas
jogadas no fluxo do sua corrente saguinea faria
você eternizar o desejo de querer bem?

Seu sorriso, seu jeito meigo, sua voz
que ecoa toda a minha sensação e os sonhos
vivenciados, ficam tatuados nas relações humanas.

Ao mostrar sua face, o vento traz aquelas
sementes secretas, suas marcas e história.
Os cientistas insistem em temporizar o término
de minhas sensações tingidas nas cores da vida.

As redes e conexões nos deixa próximos e distantes
Onde as ilusões confundem-se com o acontecer
O que me faz resistir é continuar acreditando
Que os cenários vividos são marcas dos passos
pisados nesta estrada chamada vida.