terça-feira, 25 de março de 2014

Tinta


Escorrem lágrimas de tinta num papel envelhecido
Registrando as marcas deixadas de minha vida.
Está frio e no sombrio, esconde o meu coração.
A timidez apavora o grito calado
As linhas estão tortas e faltam palavras
Não me dê um trocado de esmola
Sou egoísta e sei o meu valor
Sou fraterno e transmito calor
Arrancam a esperança da Paixão
Mas sou um cara apaixonado
Ao sol quadrado, nascem minhas impotências.
Só que as estrelas levanta e ilumina a minha alma
Você é a lua que se esconde por detrás do sol
Nas badaladas dos segundos: o tic tac explode
A luz não se apaga
Cega-me e me curvo diante da cama
Os sonhos me esperam
Não sei como vai ser o amanhã (hoje)
Deixo a imaginação percorrer estes rastros de tinta
Borradas pelo grito calado e lacrimejado
Os meus olhos se cansam
O sorriso maroto despertará
Quando a explosão dos tic tac’s
Rasgarem a escuridão para que entre a luz,
Os pássaros, os peixes, as crianças, o cachorro, o gato.
Acordarão e surpresos acharão
A magia de viver
Foi inútil, mas útil.
A magia de viver
Demonstrará o abismo fundo de minha corrente.

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